quinta-feira, 10 de março de 2011

A Onça Pintada

A onça-pintada (Panthera onca), também conhecida como jaguar ou jaguaretê é um grande felino, do gênero Panthera, e é a única espécie Panthera encontrado nas Américas. É o maior felino do mundo e o maior do Hemisfério Ocidental. Mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, é encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo da lingua guarani jaguarete. O gato tem sido largamente extirpado dos Estados Unidos desde o início do século 20. Este gato manchado mais se assemelha ao leopardo fisicamente, embora seja geralmente maior e mais resistente. As características do seu comportamento e habitat são mais próximas às do tigre. Enquanto seu habitat preferido foi visto sendo na densa floresta tropical, foi encontrado em uma variedade de terrenos abertos. A onça pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. Anda em grande parte solitária, mas é oportunista na seleção de presas. É também um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos para entregar uma mordida fatal no cérebro. Está quase ameaçada de extinção e seus números estão em queda. As ameaças incluem a perda e fragmentação do seu habitat. Enquanto o comércio internacional de onças ou de suas partes, é proibida, o gato ainda é freqüentemente morto por seres humanos, particularmente em conflito com fazendeiros e agricultores. A onça fazia parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.

Distribuição geográfica 

A onça-pintada se espalhava, inicialmente, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Porém, seu território de ocupação diminuiu sensivelmente. Costuma ser encontrada em reservas florestais e matas cerradas do Brasil, bem como em outros locais ermos onde vivam mamíferos de pequeno porte de que se alimenta.
Seu habitat preferencial são zonas florestais, mas a espécie também vive em planícies pantanosas, savanas e até desertos, sendo fortemente influenciada por regiões com corpos de água frequentadas por suas presas preferidas. Já foram encontradas em regiões acima de 3 800 m de altitude, mas temem as regiões montanhosas. Existem em praticamente todos os países da América continental: Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica (particularmente na Península de Osa), Equador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela. Está extinta em El Salvador e no Uruguai.
No Brasil, os estados em que a onça-pintada existe são: AC, AM, AP, CE, BA, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PI, PR, RJ, RO, RR, RS (Parque Estadual do Turvo, aproximadamente de 4 a 6 exemplares), SC, SP e TO.
A inclusão dos Estados Unidos na lista é basicamente devido a avistamentos ocasionais, no sudoeste, principalmente no Arizona, Novo México e Texas.

Características físicas

 

Um exame mais detalhado mostra, contudo, que sua padronagem de pelo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio. O interior dessas manchas é de um dourado/amarelo mais escuro que o restante da pelagem. Existem também alguns indivíduos melânicos, as chamadas onças-pretas. Elas não pertencem a uma outra espécie, e suas manchas ainda são facilmente reconhecíveis na pelagem escura; trata-se apenas de uma mutação genética na qual os indivíduos produzem mais melanina do que o normal, o que provoca um maior escurecimento da pelagem desses animais.
A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. Um exemplar adulto alcança até 3,60 m de comprimento, chegando a pesar em torno de 455 kg, embora, em média, os machos pesam 90 kg e as fêmeas 75 kg. A altura da cernelha é de aproximadamente 150 cm, sendo o maior felino das Américas.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, e necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia, o que determina a ocupação de um território de 25 a 80 km² por indivíduo a fim de possibilitar capturar uma grande variedade de presas.
A onça seleciona naturalmente as presas mais fáceis de serem abatidas, em geral indivíduos inexperientes, doentes ou mais velhos, o que pode resultar como benefício para a própria população de presas.
Apesar de ser tão temida, foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário